Buscapé

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Como lidar com nossos Filhos.

Como aplicar o cantinho da disciplina ?


Esta disciplina apliquei aqui em casa e deu certo fui criada com surras confesso que não gostava delas  então resolvi seguir estas regras  com a minha filha comecei a aplicar, ela com 1 ano e 10 meses não ficava quieta no  no cantinho da disciplina  melhorou mais com 2 anos  porque quando ela saia colocava  de volta só depois que ela ficasse que o cronometro rodava . não coloquei plaquinhas mas isso fica a seu critério   ai vai as regras mais tem que seguir a risca porque a criança testa limites fique calma !


MÉTODO DO CANTINHO DA DISCIPLINA

1. Apresente as regras da casa à criança; explique a ela, o que pode e o que não pode fazer. Para isso, agache-se e fique na altura da criança; olhe nos seus olhos e fale com firmeza e autoridade não grite.

2. Cada vez que a criança desobedecer ou descumprir uma regra, chame sua atenção e diga a ela porque não pode agir daquela maneira; lhe dê uma ÚNICA advertência.

OBSERVAÇÕES
- Isso é muito importante, porque você dá à criança a chance de obedecer ou de se redimir de alguma coisa errada que fez e, a condicionará a obedecer logo na primeira vez que você chamar a sua atenção. 
- Importante também que você não grite, não altere seu tom de voz, sempre fale com firmeza e autoridade; não perca o controle, pois a criança deve perceber que você está dominando a situação.
- NÃO RIA, pois se isso acontecer, além de não cumprir a sua ordem, ela perderá o respeito por você. 
- Muitas vezes a criança irrita os pais propositalmente, para testar a sua paciência e ganhar espaço para agir livremente. Tente diferenciar desobediência de provocação. Se a criança estiver fazendo uma provocação, o melhor caminho é ignorá-la. Assim, com o tempo, ela perceberá que suas provocações não surtem efeito, deixando de agir desta maneira.

3. Caso ela ignore a advertência, agache-se à sua altura e sem alterar a voz, vá até as placas de regras e diga a ela qual regra ela desobedeceu, e por este motivo, ficará no banquinho ou no tapetinho por tantos minutos (um minuto por idade). Caso ela resista, segure-a firme até completar o tempo. Ao final, repita para ela que ficou ali por ter desobedecido tal regra e peça que ela peça desculpas (caso isso não aconteça, deixe-a novamente o mesmo tempo que ficou, até reconhecer seu erro e pedir desculpas). 

OBSERVAÇÕES:
- Importante que ela demonstre arrependimento do que fez e que entenda que para cada regra desobedecida, existe uma consequência para os seus atos. 
- Importante também, que ela perceba que deve obedecer aos pais e respeitar sua autoridade. 
- Não fale repetidas vezes a mesma coisa, explique tudo uma única vez.

Depois, peça também um abraço e um beijo. Esta atitude, servirá para demostrar o carinho entre vocês e selar a paz. 
- Importante que ela perceba que você a desculpou e demostre seu amor por ela.

4. Leve a criança ao cantinho da disciplina quantas vezes forem necessárias. No começo será difícil, mas tudo é um processo. O importante é que vocês pais, se policiem, e não deixem que antigos hábitos (como, por exemplo, chineladas e xingamentos) voltem a fazer parte da rotina. Caso contrário, esta metodologia não funcionará.

regras para os pais


Não tenha medo de seus filhos;
Não fique com receio de educar os filhos e nem de dizer não para eles;
As crianças precisam dos limites impostos pelos pais para serem adultos responsáveis;
Se os pais amam os filhos eles precisam estabelecer limites;
Os limites, o “não” e a disciplina são exemplos de amor aos seus filhos;
Faça programas que envolvem toda a família pelo menos nos finais de semana;
Divida seu tempo entre o trabalho e seus filhos;
Crie uma rotina em casa, com horários para as brincadeiras, os passeios e as tarefas da escola;
Controle o que as crianças vêem na tv. Saber a classificação de cada programa, assisti-los e conhecer os personagens são deveres dos pais;
Coloque pequenas porções de comida no prato das crianças, lembrando-se sempre que elas não comem a mesma quantidade que os adultos;
Seja um bom exemplo para seus filhos: demonstre organização e segurança e nunca faça uso de palavrões na presença de seus filhos
Crie o hábito de envolver seus filhos nas tarefas domésticas. Isso os ensinará a ter noções de responsabilidade altém de deixá-los mais calmos e felizes

Claro que falar é mais fácil que agir, mas o importante é você amar seus filhos e querer para eles o que há de melhor. Tenha paciência e eduque-os de maneira adequada para que no futuro possam ser adultos felizes e responsáveis.


Sete passos para recuperar a autoridade com seu filho.

É possível mudar os rumos do comportamento da criança de até 12 anos, mas compreender e aceitar limites depende da persistência e da clareza dos pais



Se os pais perceberam que são facilmente desobedecidos e até manipulados pelas crianças, é hora de rever as regras do jogo – e colocá-las em prática. Com a ajuda de seis especialistas, confira sete passos para recuperar as rédeas da situação dentro e fora de casa, com filhos de até 12 anos.


1. Estabeleça regras gradativamente


Depois de alinhar um plano de ação com seu parceiro, tenha uma boa conversa com seu filho. Explique que as coisas irão mudar e comece colocando regras sobre o que mais incomoda – sejam os brinquedos desorganizados ou a manha para ir dormir. “Pense no que não está bom e deixe claro que não irá aceitar mais aqueles comportamentos”, diz a psicopedagoga Nívea Fabrício, diretora do Colégio Graphein. A criança precisa saber o que estão esperando dela.


2. Faça combinados claros


Você sabe que seu filho sempre faz um escândalo se você não dá aquele brinquedo que viu na vitrine do shopping. A partir de hoje, antes de sair, você vai combinar com ele que não irá comprar nada que não seja estritamente necessário. Pode ser que você já fizesse isso antes, mas de acordo com Suely Palmieri Robusti, diretora educacional da escola Novo Ângulo Novo Esquema (NANE), o combinado precisa se manter consistente. “Não cumpriu, volta para casa”, orienta. Melhor perder uma viagem ao shopping que a autoridade com seu filho.



3. Mostre que atos têm consequências


A punição deve ser usada como último recurso, segundo a psicóloga e psicoterapeuta familiar Ana Gabriela Adriane. Depois de explicar diversas vezes que um comportamento não é aceitável, como sair da mesa na hora do jantar, os pais devem avisar que, se fizer isso novamente, a criança passará o dia seguinte sem videogame ou outro elemento de que ela gosta. Caso a criança desafie os pais, o prometido deve realmente ser aplicado. Por isso que não vale inventar castigos absurdos, como deixar a criança dois meses sem jogar bola. Assim, nem a criança nem os pais aguentarão e o limite se perde.


4. Reforce o bom comportamento


Se a criança arrumou a cama todos os dias durante uma semana, os pais podem levá-la para andar de bicicleta no sábado, por exemplo, como sugere a psicóloga comportamental infantil Jéssica Fogaça, da Estímulo Consultoria. A criança será estimulada a manter o respeito aos combinados com os pais. Mas compense com atenção, não com dinheiro. “O importante é não sugerir coisas materiais nessa hora”, esclarece. Veja 31 ideias para passar tempo com as crianças sem gastar muito dinheiro.


5. Seja firme e carinhoso ao mesmo tempo


Não adianta ter raiva e gritar na hora em que a criança desobedece ou faz o maior escândalo para tentar conseguir o que quer. “Tentar impor o limite através do grito ou da agressão não dará nenhum respeito aos pais”, diz Ana Gabriela. Se o adulto começa a falar mais alto que a criança, está descendo ao mesmo comportamento do filho e a relação entre ambos deixa de ser vertical. Procure se acalmar antes de explodir e, por mais que a criança chore, não ceda: “'Não' é 'não', mas o pai não precisa deixar a criança sofrendo. Ele pode dar o 'não', explicar a razão e acolher a criança”, explica. Segundo a psicopedagoga Nívea Fabrício, a criança deve saber que o limite faz parte da vida e não tem a ver com afeto.


6. Explique o porquê do não


Para a psicóloga e pedagoga Regina Mara Conrado, coautora do livro “Filhos e Alunos Sem Limites: Um Desafio para Pais e Professores” (Editora WAK) ao lado de Lucy Silva, os pais devem dialogar com o filho sempre que ele tiver uma atitude inadequada e mostrar porque aquele comportamento não foi bacana. Jéssica Fogaça comenta: “O que ajuda a criança a entender o limite são a constância e a explicação”. Os pais, portanto, terão que ter paciência e explicar o que pode e o que não pode várias vezes – e sempre cobrar o comportamento que se espera que ela tenha.


7. Aguente a frustração dos filhos


Para a criança que não está acostumada a receber limites, começar a recebê-los será frustrante. Mas Suely Palmieri Robusti recomenda a insistência. “É deixar espernear algumas vezes e insistir no 'não'”. Lembre que o limite é uma coisa de que seu filho precisa, não somente algo que você quer. A culpa é a pior causa da falta de autoridade dos pais, que se tornam permissivos por se sentirem ausentes. A psicoterapeuta de família Ana Gabriela lembra que é preciso se ater à qualidade dos momentos vividos com os filhos, e não à quantidade. E quanto mais educados eles forem, melhores serão estes momentos.




Pais devem aprender a aceitar os filhos como eles são.

O objetivo da paternidade deve ser o de criar filhos com uma boa autoestima e autoimagem, ingredientes vitais para o sucesso escolar e na vida




Ao contrário do que alguns pais acreditam ou esperam, crianças não são uma folha de papel em branco ao nascer. Ao invés disso, chegam ao mundo com habilidades predeterminadas, predisposições e temperamentos que pais atenciosos podem nutrir ou modificar, mas que quase nunca são capazes de reverter.


Talvez ninguém saiba disso tão bem quanto o casal Jeanne e John Schwartz, pais de três filhos, entre os quais o mais novo – Joseph – é completamente diferente dos demais.


Quando colocados em frente à caixa de brinquedos, a filha Elizabeth pegava as Barbies e o filho Sam, os caminhões. Mas Joseph, como a irmã, ignorava os carrinhos e preferia as bonecas, que vestia com grande atenção. O menino queria sapatinhos cor de rosa com luzes brilhantes e pedras preciosas aos três anos de idade e quis sair fantasiado de "diva pop" no Halloween.


Joseph adorava palavras e livros, mas "nossas tentativas de fazer com que se interessasse pelos esportes que Sam tanto amava foram frustrantes e quase desastrosas", afirmou Schwartz, correspondente internacional do New York Times e autor do instrutivo "Oddly Normal: One Family's Struggle to Help Their Teenage Son Come to Terms with his Sexuality" (Estranhamente normal: a luta de uma família para ajudar o filho adolescente a entender a própria sexualidade), publicado pela Gotham Books.


"O livro não trata apenas do desafio de criar um filho gay", afirmou Schwartz em uma entrevista. "Fala sobre criar filhos que são diferentes". Citando o conto "The Martian Child", sobre um filho adotado, Schwartz afirmou: "precisamos tomar conta dos nossos marcianinhos, reconhecendo e adaptando-nos a suas diferenças".


Adaptando expectativas


O objetivo da paternidade deve ser o de criar filhos com uma boa autoestima e autoimagem, ingredientes vitais para o sucesso escolar e na vida. Isso significa aceitar os filhos da maneira como nasceram – gays ou héteros, atléticos ou intelectualizados, muito inteligentes ou nem tanto, magrelos ou gordinhos, tímidos ou extrovertidos, comilões ou inapetentes. 



Naturalmente, os pais devem fazer o máximo possível para dar aos filhos a oportunidade de aprender e gostar de atividades que talvez não façam parte de suas tendências naturais. Mas, conforme atestado no livro de memórias, forçar uma criança a adotar uma fórmula prescritiva quase sempre traz maus resultados.


Por exemplo, todos em minha família praticam esportes e acreditam firmemente na importância da atividade física. Todo mundo, menos um dos meus netos. Agora com 10 anos de idade, ele é um intelectual desde os 3, quando decorou todo o atlas dos animais do mundo. Ele é capaz de absorver informações científicas como uma esponja e nunca se esquece, é capaz de falar sobre criaturas abissais, planetas e estrelas, reações químicas, taturanas exóticas, formações geológicas – e tudo o que puder imaginar –, além de ser um mago dos computadores. Mas não tem qualquer interesse ou habilidade aparente para os esportes. Os pais o apresentaram para uma série de modalidades individuais e de equipe, mas até agora nada funcionou.


Ao invés de tentarmos transformá-lo em algo que não é, o desafio para todos nós é o de nos adaptarmos às diferenças, amando-o por quem ele é, sem depreciá-lo pelo que não é. Enquanto os outros três meninos ganham bolas de basquete, bicicletas e raquetes de tênis de presente, em seu aniversário de 10 anos dei a ele um grande livro sobre o universo, que se tornou seu livro de cabeceira.


Vidas mais ricas


Uma voz persuasiva em favor das diferenças entre as crianças e da forma como as famílias devem se adaptar é a de Andrew Solomon, autor do ambicioso livro "Far From the Tree: Parents, Children and the Search for Identity" (algo como "sem ter a quem puxar: pais, filhos e a busca pela identidade"), publicado pela Scribner. Solomon é um homem gay que criou três filhos, um dos quais com seu marido, e que explorou a fundo os desafios e recompensas da diversidade familiar.


Solomon escreve artigos para o New York Times e entrevistou mais de 300 famílias que, em sua maioria, educaram crianças surdas, anãs, autistas, esquizofrênicas, transgênero, com Q.I. alto ou síndrome de Down, além de filhos nascidos de relações não consensuais ou que tenham se tornado criminosos.


O autor apresenta bons argumentos em favor da aceitação das crianças pelo que são, sem deixar de ajudá-las a se tornarem o melhor dentro de suas possibilidades individuais. Um momento especialmente comovente é a história de uma família cujo filho era um portador extremamente funcional da síndrome de Down. Durante anos o menino obteve os mesmos resultados escolares dos demais colegas e era um exemplo do que as crianças com síndrome de Down seriam capazes de fazer. Mas quando o menino já não conseguia mais progredir, a mãe reconheceu que ele precisaria deixar a escola.


"Trabalhamos muito duro para que ele fosse o cara da síndrome de Down que frequentava a escola", afirmou a mãe. "Mas tínhamos que optar pelo melhor para ele, não pelo ideal que havíamos construído para nós mesmos."


A maior parte dos pais entrevistados por Solomon encontrou muitas recompensas ao lidar com filhos diferentes.


"Os pais me disseram que isso tornou suas vidas muito mais ricas e que não trocariam isso por nada neste mundo", afirmou Solomon. "Há muitas maneiras de existir no mundo e muitas maneiras de ser 


Conforme Schwartz descreveu Joseph: "Ele é um cara sensacional e é um prazer estar ao lado dele. Não teria sido capaz de inventá-lo do zero. É impossível esperar que nossos filhos saiam de acordo com o planeado, mas é fácil ficar feliz com o resultado". 


E acrescentou: "Queremos que nossos filhos deem o melhor de si e sintam-se confortáveis com quem são. Devemos defendê-los e ajudá-los a desenvolverem as habilidades necessárias para tomarem conta de si mesmos. Mas os pais não têm o direito de moldar os filhos. Se esperamos que nossos filhos se adaptem aos padrões que inventarmos, certamente ficaremos desapontados".


A escola e as diferenças


As escolas também deveriam saber como acomodar crianças que são diferentes, afirmou Schwartz, cujo livro fala sobre os problemas enfrentados pelo filho, mesmo em uma cidade com ótimas escolas.


Não se trata apenas de as escolas lidarem de forma eficaz com o bullying, afirmou. "Jeanne e eu acreditamos que as escolas podem fazer muito com os recursos que possuem para aceitar as diferenças entre as crianças, além de reconhecer quando são desnecessariamente destacadas", afirmou.


Mesmo com pais que o aceitam e encorajam, durante anos Joseph Schwartz não foi capaz de reconhecer que era gay, o que resultou em sérios problemas acadêmicos, sociais e psicológicos. Todas as famílias entrevistadas por Solomon enfrentaram problemas e muitas receberam a preciosa ajuda de pais com desafios similares, uma tarefa que se tornou muito mais fácil com o advento da internet.


Segundo ele, criar filhos diferentes foi "uma ocasião de crescimento que introduziu muitos pais a redes sociais que jamais haviam imaginado".


Solomon afirmou que "essa experiência enriquece a vida de todos os pais que são capazes de ver um lado positivo em ter um filho diferente".



Sete erros dos pais na hora de impor limites.

Os equívocos mais comuns dos adultos quando as crianças precisam ouvir um “não” – e as dicas para evitá-los.


“Filho, se você não parar com isso agora...”. Muitos pais já devem ter usado esse conhecido início de frase em tentativas frustradas de impor limites aos filhos. Logo depois, pode seguir uma ameaça de palmada ou de castigo. Funcionaria? Provavelmente não. Ser permissivo tampouco é uma solução.


Para os pais não acharem que estão em um beco sem saída, listamos alguns dos erros mais comuns cometidos nestas horas. Saiba quais são e como evitá-los.


1. Não faça ameaças se não for cumpri-las


Antes de dizer que o filho desobediente ficará sem sorvete até o ano que vem, os pais precisam pensar – de verdade – se poderão cumprir a promessa. Ameaçar e não cumprir, para o psicólogo Caio Feijó, autor do livro “Pais Competentes, Filhos Brilhantes – Os Maiores Erros dos Pais na Educação dos Filhos e os Sete Princípios Fundamentais para Prevenir essas Falhas” (Novo Século Editora), gera filhos que perdem o respeito pelos pais. Se ele não se comportou direito, melhor vetar aquela festinha do amigo que está próxima – e cumprir – do que proibir que ele jogue videogame para sempre.


Dica: Transforme ameaças em avisos, passando a mensagem sem violência.



2. Não ceda


Não vale ser indulgente com a indisciplina do filho porque você trabalha fora e se sente culpada, nem por achar que ele deixará de amá-la – medos bem comuns, segundo a psicóloga Dora Lorch, autora do livro “Superdicas para Educar bem seu Filho” (Editora Saraiva). Se uma posição foi determinada, não volte atrás. A postura, segundo Caio Feijó, é essencial para as crianças não serem tão resistentes com os limites impostos.


Dica: Leve em consideração se o seu filho está passando por um momento difícil – como a perda de um animal de estimação.


3. Evite recompensas


O comportamento adequado não é uma moeda de troca. Os pais não devem prometer um brinquedo novo para o filho se comportar em um restaurante. “Dessa forma ele acreditará que tudo na vida se resolve negociando”, afirma a psicóloga e pedagoga Regina Mara Conrado, autora do livro “Filhos e Alunos sem Limites: Um Desafio para Pais e Professores” (Editora WAK) ao lado de Lucy Silva.


Dica: Não coloque a recompensa como um prêmio, mas saiba reconhecer a boa conduta da criança com palavras. Presentes não são proibidos, mas o psicólogo e terapeuta familiar João David Cavallazzi Mendonça sugere dá-los só às vezes.


4. Não dê ordens dúbias para a criança


Para o psicoterapeuta e educador Leo Fraiman, os pais que não decidem juntos os padrões da educação do filho cometem um grande erro. Se a mãe diz que o filho não deve ir dormir mais tarde em dia de jogo do time preferido e o pai acaba deixando, a criança não irá entender o que deve fazer.


Dica: Os pais devem decidir as regras a dois – e cumpri-las.


5. Seja firme e paciente


Frustrar a criança a ajudará a lidar com as adversidades da vida no futuro. “Dizer ‘não’ é prerrogativa e obrigação dos pais quando necessário”, diz Caio Feijó. Portanto, os pais devem ser firmes em suas ações e não deixar para resolver um problema depois que ele já passou. Resolver de cabeça quente também não adianta: diante de um comportamento inadequado, insista e, se necessário, conte até mil. Mas sempre evite dizer que a criança é malcriada e não faz nada direito.


Dica: “É mais seguro sugerir que aquilo que ela fez foi errado e é melhor não se repetir”, diz João David.


6. Não se prolongue demais nas explicações


De acordo com Regina Mara Conrado, é importante pontuar o porquê dos limites, mas não é necessário contar uma novela enquanto a criança reluta. “Se os pais se estendem na justificativa, acabam se perdendo e cedem à insistência da criança”, diz.


Dica: Seja claro e objetivo sobre por que a criança ouviu um “não”, mas adapte a explicação à capacidade de compreender dela.


7. Não insista se não tiver razão


Existem coisas que não se obriga. Se seu filho não gosta das aulas de judô, não há razões para insistir. Dora Lorch recomenda aos pais perceber quando a criança precisa de acolhimento em vez de imposição. Ela pode estar sendo intransigente por estar sofrendo bullying na escola, por exemplo.


Dica: Esteja próximo a seu filho para saber diferenciar indisciplina de apreensão.


Educar sem bater é possível

Especialistas diferenciam autoridade de autoritarismo e explicam os princípios para ter – e manter – a autoridade com seu filho

Impor limites não é tarefa fácil para pai algum. Muitos têm medo de perder o amor dos filhos por serem severos demais. Porém, a autoridade parental é indispensável para educar, criar consciência e, consequentemente, começar a construir o caráter das crianças. O importante é não confundir “criar regras” com “impor vontades”. E é possível fazer isso tudo sem bater.

Adela Stoppel de Gueller, psicóloga e coordenadora do setor de Clínica e Pesquisa do Departamento de Psicanálise da Criança do Instituto Sedes Sapientae, chama atenção para o fato de que os pais são, inicialmente, a referência mais importante de autoridade de uma criança – e não devem se esquecer disso nem quando são enfrentados pelos filhos. “À medida em que as crianças crescem e vão ganhando autonomia, elas questionam a autoridade parental e as leis da sociedade. Nesse momento, é importante que os pais mostrem aos filhos que a autoridade que eles detêm não é arbitrária, que não é um capricho”, recomenda.

A psicóloga explica que discutir as decisões tomadas pode desgastar a autoridade dos pais. “É importante que os pais, quando devem dizer não, não tenham que ficar se justificando. Não é a explicação do ‘não’ que coloca as crianças para pensar, é o ‘não’ puro e simples que faz com que elas reflitam pela lei e pelos limites”, defende Adela. A educadora Cris Poli reforça o argumento da psicóloga e afirma que, desde pequenos, temos que aprender que vivemos em uma sociedade que tem limites. “Pais não podem temer deixar os filhos frustrados porque vão negar algum pedido deles. Ensinar, colocando regras, é educar”, fala a apresentadora do programa “Supernanny” (SBT).


Autoridade x autoritarismo 


A linha entre autoridade e autoritarismo parece tênue. Porém, os dois conceitos são bastante distintos. Enquanto autoridade significa impor regras necessárias para um bom convívio, autoritarismo é sinônimo de imposição, uso excessivo de poder. Mara Pusch, psicóloga da Unifesp, diz que autoridade parental não deixa criança alguma retraída ou traumatizada. “Os pais precisam entender que autoridade é mostrar que você tem o poder de decisão sobre o seu filho. O problema é que, quando dessa decisão não é bem exposta às crianças, vira autoritarismo. O filho precisa enxergar que tem autonomia para escolher o que quer, mas que o seu desejo pode ser ou não realizado”.


Como lidar com crises de raiva das crianças

Bater em crianças: crime ou educação?
Opinião: uma lei para punir ou um programa para educar os pais?
Uma criança se sente acuada quando sofre uma vigilância constante, quando há controle em demasia sobre as suas ações. Adela destaca que, ao notarmos crianças retraídas ou sufocadas, é preciso pensar que ela está sentido o peso da autoridade como excessivo e que pode não ter forças para suportá-lo. “O retraimento é como um refúgio para os filhos que se sentem assim. É importante que os pais repensem seu lugar e escutem a criança. Às vezes, em alguns desses casos, é a criança quem cria uma imagem de um pai extremamente autoritário e isso não corresponde à realidade. Nessas horas, pode ser importante consultar um especialista”, afirma a psicóloga.
O fim da palmada

Um projeto de lei do governo federal que prevê punição para quem aplicar castigos corporais em crianças e adolescentes está tramitando no Congresso Nacional. Sua aprovação, que é bastante provável, marcaria o fim da era das palmadas e dos beliscões, tão conhecidos pelos adultos de hoje. A discussão, que gera muita polêmica, é tratada por Cris Poli com naturalidade. A educadora defende, desde sempre, que para educar não é preciso bater. “Métodos de disciplina é que ensinam o que é certo e errado. Palmadas e puxões de orelha são usados apenas pelos pais que não conseguem se impor e perdem a paciência com os filhos”, fala. “Eu sequer vejo necessidade de uma lei para proibir isso. O que precisamos é de uma campanha de conscientização disciplinar”, acrescenta a educadora.


Mara defende o castigo como uma boa forma de punição para os filhos que descumprem as regras da casa. Para a psicóloga, o castigo tem que ser algo que tanto a criança quanto o adulto consigam cumprir. Não pode ser uma atitude drástica. “Não adianta o pai ameaçar e não dar conta do recado. Se a criança só fica tranquila com o videogame, e o pai tira isso completamente dela, não vai funcionar. Não defendo castigos assustadores, pois isso gera medo”.

Adela complementa o argumento da psicóloga dizendo que os pais devem refletir sobre os castigos que impõem e admitir quando foram severos demais na hora de aplicá-los. “Admitir um erro não implica em perder autoridade, ao contrário, é algo que pode fortalecer os pais porque a criança vê ali um ser racional, que reflete sobre suas ações”, diz.

Recuperando a autoridade


Nunca é tarde demais para recuperar a autoridade com o seu filho. Pelo menos é o que dizem as três especialistas. Para Adela, antes de tentar resgatar o controle da situação em casa, os pais têm que olhar para si mesmos e recuperar a confiança em si. “Se conseguirem isso, os filhos vão perceber e passar a confiar na palavra deles”, explica.


Para os casos mais graves, quando as crianças já não respondem às regras e fazem birra por qualquer coisa, Mara sugere terapia familiar. “Pode ser bom para o pai entender por que perdeu a autoridade e visualizar a dinâmica da casa. Normalmente, quem está dentro da situação não consegue enxergar direito. É importante também perceber como a criança age em outros ambientes, se é sem limites fora de casa”, recomenda.


Cris Poli afirma que o mais importante é que os pais se convençam de que a autoridade está com eles e que educar é uma responsabilidade, não uma escolha. “A minha experiência indica que o primeiro passo é assumir o papel de educador dentro de casa e se posicionar com firmeza. A partir daí, o pai ou a mãe tem que rever sua postura e tentar mudar o que está errado”, finaliza.



Cinco frases que você NÃO deve dizer ao seu filho.



Você certamente sabe que o primeiro contato de uma criança com o mundo acontece dentro da família e que os adultos, portanto, tem um papel fundamental na formação da personalidade e identidade social de uma criança. Por isso, tanto os seus atos quanto aquilo que você diz para o seu filho tem grande importância – e podem ter um impacto positivo ou negativo sobre ele.


Segundo a  professora de psicologia da faculdade Pequeno Príncipe (PR) , ligada ao hospital de mesmo nome, Mariel Bautzel, toda a estrutura psíquica e social de uma pessoa é formada na primeira infância.


“Não é raro vermos adultos que não sabem lidar com os próprios sentimentos ou que desconfiam muito do outro”, explica a especialista. Para ela, a causa pode estar lá atrás, na infância.


Pensando nisso, com a ajuda de Mariel e também da psicoterapeuta do hospital Infantil Sabará (SP), Germana Savoy, listamos cinco frases que você NÃO deve dizer ao seu filho.


“Pára de chorar”

A clássica frase inibe a expressão do sentimento da criança, sendo que o ideal é que você a ensine a lidar com as próprias emoções.

“Sempre aconselho que os pais mostrem uma alternativa para o filho. Uma boa saída é pedir que eles mantenham a calma no momento do choro”, diz Germana.


“Volte já para a sua cama, isso é só um sonho”

Até os 5 ou 6 anos, os pequenos não sabem diferenciar com precisão o mundo real do mundo dos sonhos, por isso eles não entendem bem quando você disser que aquilo que elas vivenciaram não é real. O melhor é acalentá-lo, dizer que o medo logo vai passar e colocá-lo para dormir na cama dele novamente.

“Essa injeção não vai doer”

Mentir para o seu filho faz com que a relação de confiança entre vocês seja quebrada. Fale sempre a verdade. Além da dor da injeção, ele também vai ficar magoado por ter sido enganado.

“Você não aprende nada direito”

Crianças que tem uma referência negativa de si mesmas obviamente ficam com a autoestima prejudicada, explica Germana. E, como elas ainda possuem um mecanismo de defesa pouco desenvolvido, tudo o que um adulto disser terá um impacto enorme. Dizer que elas são burras, ou que nunca vão aprender matemática, por exemplo, pode fazer com que realmente acreditem que tem essas fraquezas.

“Se você não me obedecer, eu vou embora”

A criança tem de aprender a respeitar os pais pelaautoridade – e não por medo de perdê-los ou, pior ainda, de serem maltratados. Ameaças e chantagens estão fora de cogitação.

Claro que, às vezes, os pais acabam falando coisas que não gostariam… Se isso acontecer, não se culpe. O jeito é recuperar a calma e conversar com a criança, explicando que agiu de forma errada.

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