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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Dicas para parar de Fumar.


Dicas para parar de Fumar

1 - Preparação para parar de fumar

A) Motivos
Descubra quais são os motivos que fazem com que você continue fumando:

- "fumar me dá energia, me deixa mais animado", o cigarro realmente exerce um efeito estimulante, porém praticar atividades físicas, ter uma alimentação saudável, ter uma boa noite de sono são medidas que lhe proporcionarão um melhor desempenho nas suas atividades do cotidiano.

- "ter o cigarro em minhas mãos me dá prazer", os rituais que cercam o ato de fumar, como acender o cigarro, levá-lo à boca ou simplesmente segurá-lo tornam-se automáticos para o fumante. Medidas para substituí-los, tais quais segurar uma caneta, chupar balas ou praticar uma atividade manual (pintura, carpintaria, costura), podem ser úteis.

- "fumo porque gosto", se você pensa dessa forma saiba quais são os benefícios ao parar de fumar. (veja em Tratamento do Tabagismo)

- "fumar reduz o meu estresse", lembre-se que existem outras maneiras mais saudáveis de reduzir o estresse, como praticar atividades físicas regularmente, ouvir música, um bom banho, viajar ou ler um livro.

- "estou viciado", a dependência da nicotina pode ser tratada com remédios, não hesite em procurar o médico. (veja em o Tratamento do Tabagismo)

Anote em uma folha de papel os motivos que o levaram a parar de fumar e a deixe bem a vista.

B) Marque a data para parar de fumar
- A data deve ser marcada com uma certa antecedência (duas semanas).
- Prefira dias mais tranqüilos.
- Conte para seus familiares e amigos a respeito da decisão.

C) Dias que antecedem a data marcada
- Tente diminuir o número de cigarros fumados.
- Descubra quais são as situações em que a vontade de fumar é maior (exemplos: após o café, ao beber bebidas alcoólicas, quando está ao telefone, etc) e procure evitá-las.
- Retire da casa os produtos relacionados ao tabaco, como cinzeiros e isqueiros.
- Passe a fumar fora de casa, do carro e do ambiente de trabalho. Dessa forma, reduz-se o cheiro de cigarro nesses locais e por conseqüência a tentação para fumar.
- Solicite aos familiares e amigos que não fumem perto de você e nem dentro de casa.
- Se há algum fumante que divide com você o ambiente doméstico, convença-o a interromper o tabagismo, se não for possível peça-o para não fumar dentro de casa.
- Lembre-se dos benefícios que terá ao parar de fumar.

2 - A ação de parar de fumar


- No dia marcado, pare com o cigarro de maneira abrupta.
- Evite as situações que aumentem o desejo de fumar.
- Use a medicação prescrita pelo médico.
- Fuja da rotina e do estresse.
- Para combater a ansiedade pratique atividade física, chupe uma bala.
- Nos momentos em que o desejo pelo cigarro for intenso, a respiração labial pode ser útil: encha o peito de ar bem profundamente, feche os olhos e exale o ar lentamente através dos lábios semicerrados, durante a exalação fique relaxado e procure sentir todas as partes do corpo, repita o processo sempre que preciso.
- Evite locais fechados em que possa haver pessoas fumando.
- Beba bastante água e procure comer alimentos mais leves.
- Lembre-se dos benefícios que terá ao parar de fumar.
- Não hesite em procurar o seu médico.


A Doença

 Por que as pessoas fumam?
O fumante inicia o tabagismo geralmente na adolescência (94% iniciam entre 7 e 19 anos), e esse começo tem algumas razões:
- desejo de parecer mais velho (auto-afirmação);
- contestação, fazer algo "proibido";
- influência das pessoas do convívio (amigos, pais);
- influência da propaganda.

No entanto, o indivíduo permanece fumando ao longo dos anos em função de:
- prazer - não há dúvida que o cigarro gera prazer, isso é decorrente dos efeitos euforizantes que algumas substâncias liberadas pelo cigarro, destacadamente a nicotina, provocam no cérebro;
- hábito - com o passar do tempo, os rituais que envolvem o uso do cigarro (acender o cigarro, fumar ao tomar café, fumar ao falar ao telefone) tornam-se automáticos. De tal forma que não é incomum o fumante acender um cigarro e, ao colocá-lo no cinzeiro, perceber que já havia outro aceso;
- dependência - é o fator mais importante na manutenção do tabagismo

Quais são as substâncias produzidas pelo cigarro?
A queima do cigarro produz mais de 4500 substâncias, a grande maioria prejudicial à saúde. Elas são distribuídas em uma fase gasosa e uma outra composta de partículas microscópicas. A seguir citamos as principais substâncias:




O tabaco apresenta também componentes radioativos, como o rádio-226, polônio-210 e chumbo-210.

O que é a dependência da nicotina ou do cigarro?
A dependência da nicotina é uma situação em que o organismo passa a não tolerar sua ausência, reagindo com extremo sofrimento frente a essa situação. É uma forma de dependência física, semelhante à dependência provocada pelo álcool, cocaína e heroína.

A dependência é caracterizada por pelo menos um dos seguintes critérios:

- tolerabilidade - com o passar do tempo o indivíduo já não obtém o mesmo prazer com a mesma quantidade de nicotina, ele precisa de quantidades cada vez maiores da substância;
- desejo persistente - o fumante gasta grande parte do tempo em atividades como a de conseguir o cigarro, de usar o cigarro. O tabagista persiste com o uso do cigarro, apesar de saber que a sua saúde está sendo prejudicada. Há um prejuízo das atividades sociais, ocupacionais ou recreativas por causa do uso do cigarro;
- síndrome de abstinência: o indivíduo apresenta uma série de sintomas quando fica sem a nicotina 

Por que as pessoas tornam-se dependentes da nicotina?
Cerca de um terço das pessoas que colocam um cigarro na boca e 90% dos jovens que continuam fumando após os 19 anos de idade tornam-se dependentes da nicotina. Isso deve-se aos efeitos que ela produz no cérebro humano. Veja os detalhes:
- após o cigarro ser tragado, a nicotina é absorvida pelos pulmões e cai na corrente sangüínea, atingindo o cérebro em 7 a 20 segundos.
- no cérebro, a nicotina libera substâncias (dopamina, endorfinas etc) que desencadearão a sensação de prazer;
- com o passar do tempo, o cérebro, em resposta aos repetidos estímulos da nicotina, produz mais receptores nicotínicos, passando a depender do preenchimento dos receptores pela nicotina para funcionar adequadamente, caracterizando a dependência física.

Quais são as doenças associadas ao uso do cigarro?
- Câncer: 30% de todos os cânceres estão relacionados ao cigarro; os principais são os cânceres de pulmão (o cigarro é o responsável por 85% dos casos, e o fumante tem 20 vezes mais chances de ter câncer de pulmão), boca, laringe, faringe, estômago, pâncreas, rim, bexiga e colo do útero.
- Doenças coronarianas: o fumo é responsável por 25% dos infartos e anginas. O fumante com mais de 55 anos tem o risco de morte por infarto triplicado.
- DPOC: 85% dos casos de enfisema pulmonar e bronquite crônica são provocados pelo cigarro. O tabagista tem 10 vezes mais chances de ter DPOC.
- Derrames cerebrais (AVC): 25% atribuídos ao cigarro (o risco é 3 vezes maior do que nos não fumantes).
- Distúrbios da circulação: má circulação das pernas são mais freqüentes nos tabagistas.
- Impotência: mais comum entre os fumantes, também por problemas circulatórios.
- Os fumantes apresentam, ainda, maiores chances de desenvolverem úlceras gástricas, infecções respiratórias, osteoporose, inflamação da gengiva, mau hálito, rugas na pele, celulite e catarata.

Quais são os riscos para a saúde da criança quando a mãe fuma durante a gestação?

Quando a mãe fuma durante a gestação, há maior risco de ocorrer aborto, maior incidência de hemorragia e parto prematuro. Além disso, os recém-nascidos de mães fumantes têm maiores chances de nascerem com baixo peso e de apresentarem morte súbita. Há estudos que indicam que o uso do cigarro na gestação predispõe ao surgimento de asma nas crianças.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Os desafios da adolescência.




Como tratar assuntos como sexo, drogas, vida escolar e profissão? Especialistas e mães compartilham orientações e experiências


Depois de noites maldormidas porque seu filho queria mamar ou fez xixi na cama, chega a adolescência e os motivos das noites maldormidas são substituídos: preocupar-se com o paradeiro dele ou buscá-lo em festinhas durante a madrugada são alguns. Pelo menos é o que a agente de viagens Mariângela Pinto Ferreira, de 50 anos, faz atualmente por seu filho João, de 15: ela prefere levá-lo e buscá-lo nas festas para, entre outros motivos, estar mais próxima a ele. Esta proximidade, nesta fase, é mais necessária do que alguns pais podem imaginar. E deve estar permeada de conversas e esclarecimentos.



As alterações físicas e comportamentais da adolescência aumentam as possibilidades de conflitos entre pais e filhos dentro de casa e, além disso, podem deixar os pais tão preocupados a ponto de não saberem como agir. Com a exposição e proximidade dos adolescentes ao sexo e às drogas, circunstâncias que amedrontam a maioria dos pais, além das diversas dificuldades potenciais do ambiente escolar e das relações sociais, orientar e educar os filhos já jovens parece um trabalho ainda mais árduo do que criá-lo através da infância. Mas não é. Um dos princípios a serem seguidos é o exemplificado por Mariângela: estar realmente ao lado. 


Segundo o médico hebiatra Maurício de Souza Lima, vice-presidente do Departamento de Adolescência da Sociedade de Pediatria de São Paulo, conversar com naturalidade, mesmo sobre assuntos desconfortáveis, é uma das principais atitudes que os pais devem tomar nesta fase da vida do filho. “Muitos pais têm dificuldades com isso, mas é o melhor caminho para ter êxito na criação”, diz. Mas nada de chamar o filho de canto para tratar de “assuntos sérios”. À medida que a criança vai crescendo, os assuntos devem ser naturalmente inseridos na conversa por meio da televisão, das revistas, até mesmo dos vizinhos. De acordo com o médico, aproveitar as informações para emitir opiniões ao filho, mesmo que ele só escute, já é um grande passo.


Para o psicólogo especialista em adolescentes Caio Feijó, estar bem informado sobre a maioria dos assuntos é essencial. “Nas questões relativas a sexo e drogas, por exemplo, pais não tão informados quanto os filhos não conseguem se comunicar”, afirma. Autor dos livros “Pais Competentes, Filhos Brilhantes” (Novo Século Editora) e “Educando Filhos e Alunos (Histórias de Sucesso)” (Ajir Editora), entre outros, ele conta que, sabendo mais que os filhos, os pais ganham o respeito e o interesse dos menores pelos conselhos.


Vamos falar de sexo? 


Para a dona de casa Joanisa de Campos Leite Ascava, 51 anos, falar com os seis filhos – Lívia, Caio, Daniel, Luisa, Arthur e Letícia – sobre sexo durante a adolescência não foi algo simples. Por medo de que eles abreviassem a vida sem preocupações típica da fase e tivessem que assumir um filho antes da hora, ela sempre reforçou que, caso isso acontecesse, os filhos assumiriam toda a responsabilidade e a juventude deles chegaria ao fim. Mesmo assim, Joanisa nunca chegou a falar às filhas sobre como evitar uma gravidez: “Na minha cabeça isso não é possível. Não poderia dizer às minhas filhas que não se esquecessem de tomar a pílula, por exemplo”.


Enquanto alertava os filhos para terem cuidado, Joanisa confiava no imenso leque de informações sobre o assunto que eles teriam na escola e presenteou os filhos com livros a respeito do tema. “Os adolescentes vão procurar informações, por curiosidade, fora da escola e de casa. Mas se os pais puderem acrescentar cada vez mais detalhes, conforme percebem que o filho já tem a maturidade necessária para entender, mais fácil será evitar dilemas no futuro”, afirma Caio.


De acordo com Kátia Teixeira, psicóloga especialista em adolescência da Clínica EDAC (Equipe de Diagnóstico e Atendimento Clínico), de São Paulo, ao mesmo tempo em que a sexualidade está exposta abertamente, muitos pais acreditam que falar abertamente sobre o assunto dá aos filhos uma sensação de liberdade para fazer o que quiserem. É uma falsa impressão. “Os pais precisam entender que evitar falar sobre sexo não significa que os filhos não terão contato com o tema”, diz. Conversar a respeito, por outro lado, possibilita ao jovem uma tomada de decisão mais consciente.


Os pais devem enfatizar a necessidade do uso de preservativos sempre: “É preciso informá-los que não é porque o adolescente transou três vezes com uma mesma pessoa que não é mais preciso se proteger”, reforça o hebiatra Mauricio.


Drogas: você fumou maconha, filho?


De acordo com o psicólogo Caio, as drogas costumam estar muito mais presentes na vida dos filhos do que os pais imaginam. “É uma ideia equivocada não falar sobre o assunto e acreditar que eles não entram em contato”, diz. “Parece que os adolescentes não veem nada de mal nisso, tanto como em usar maconha como usar outras drogas que entram no circuito deles”, reforça Mauricio.


A maconha costuma ser a primeira droga ilícita a surgir na vida de um adolescente e, segundo estudo norte-americano, quanto mais cedo for usada, maiores as chances dos jovens terem as funções cerebrais danificadas. Os pais, portanto, devem estar sempre atentos ao comportamento que o filho apresenta. “Eles precisam entender como o filho é, como ele se constituiu. Só assim vão perceber caso as características mudem”, afirma Kátia. Joanisa percebeu quando um de seus filhos estava fumando maconha: “Eu descobri depois de reparar que ele tinha mudado algumas atitudes comuns dele, como a maneira de se vestir”.


De acordo com Kátia, os pais sempre devem falar dos perigos do envolvimento com qualquer tipo de droga. Mas mais essencial é observar a autoestima do filho. “O adolescente está buscando uma identidade e, nessa busca, ele vai encontrar pessoas que lhe atraem de alguma forma, com drogas ou não”. Portanto, ele precisa ter sempre o suporte da família para estar seguro de si.


O que você bebeu na festa?


De acordo com pesquisa realizada pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), três em cada dez adolescentes consumiram álcool pela primeira vez dentro de casa. De acordo com Caio Feijó, pais devem também dar a devida importância para o contato dos filhos com as bebidas. Mariângela encontrou uma abordagem efetiva com o filho João: “Eu falo sobre o que a mulher pode achar de homens que bebem e, quando eu o busco nas festinhas, ele conta que os meninos que beberam não se deram bem com as meninas”.


Chega de computador por hoje 


A chamada “Geração Z” costuma ter muito mais intimidade com internet, redes sociais e celulares do que os pais. Sobra aos pais duas atitudes: além de se atualizarem sobre o tema, para entender o filho, eles devem impor limites. “Muitos adolescentes estudam de manhã e não aproveitam o tempo durante a tarde, pois passam horas na frente do computador”, exemplifica Kátia.


Mas nada em exagero faz bem para a saúde e o computador também entra nesse time. “O adolescente terá um preço a pagar se ficar abusando do tempo na internet, por exemplo”, diz o hebiatra Mauricio. Problemas na coluna ou péssimas notas na escola por passar a madrugada mandando mensagens de texto pelo celular para a namorada são algumas das consequências. “Vale estipular quanto tempo seu filho pode passar no computador ou bloquear a possibilidade dele passar a tarde toda em jogos virtuais”, completa.



Como foi a escola? 


O segredo é encontrar uma forma de estar presente nesta área da vida do filho, sem invadi-lo. “O principal a fazer é acompanhar o dia a dia deles”, diz Mauricio. Isso inclui acompanhar as atividades escolares e o comportamento dos filhos dentro da escola. “Hoje pai e mãe trabalham fora e, quando chegam em casa tarde da noite, não querem dar bronca no filho por nada que ele tenha feito. Mas desta forma ele fica perdido e quando chega o fim do ano, ele tem um monte de recuperações”, afirma o médico.


A maior preocupação da gerente de contas Isabela Kauffmann, de 42 anos, são os estudos do filho Lucas, de 17. Ele sempre foi um jovem muito sociável e tranquilo, mas repetiu o 2º colegial no ano passado. A maior dificuldade da mãe atualmente é fazê-lo entender o tempo que ele está perdendo por não se comprometer o bastante com os estudos. “Escuto dos professores que ele simplesmente não presta atenção”, diz a mãe.


Segundo ela, colocar o adolescente de castigo hoje em dia não adianta. Por isso, ela prefere fazer o filho entender, na pele, as consequências dos seus atos. “Eu ia dar uma viagem de intercâmbio para ele se passasse de ano. Não passou, então ficou sem”, explica ela.



O que você quer ser quando crescer? 


Enquanto o filho ainda está decidindo para o que vai prestar, os pais devem manter uma certa distância. “Senão, eles podem influenciar o filho a fazer uma escolha errada”, diz Mauricio. Para Katia, existem vários fatores que podem influenciar e até motivar um adolescente – como seguir realmente a profissão do pai –, mas por ele ainda estar em busca de uma identidade, os pais devem dar chances para que ele se encontre: “Ele pode ficar muito perdido, então os pais podem dar direcionamentos com base nas matérias escolares que ele mais gosta, por exemplo, mas nunca pressioná-los”.





Antigamente, a coisa mais natural do mundo era jovens se casarem cedo para que assim, constituíssem famílias. Por isso que quando pegamos álbum de nossas avós muitas delas, aos 16 anos já estavam casadas e com filhos.
Hoje em dia não é bem assim, temos a opção de poder decidir o nosso futuro  e fazer coisas que nos deem prazer em ser realizadas. Porém, com essa possibilidade de conquistar um pouco mais espaço, o que vemos? Várias adolescentes grávidas, que começa a estacionar o seu sonho para poder se dedicar a seu filho. Gravidez na adolescência faz com que a adolescente perca uma das fases mais gostosa da vida, porque terá que dedicar-se a um filho, e infelizmente, por mais que seus pais cuidem do menor, você terá determinadas responsabilidades, determinadas urgências, que não serão mais suas de primeiro momento e sim dos filhos.

Infelizmente vemos crianças  carregando outras crianças, meninas que mal começaram a entender o valor das coisas de 14 anos, grávidas. O que será que está faltando? Talvez seja mais instrução dentro de casa. Muitas vezes os pais morrem de vergonha de tratar desses assuntos com as filhas o que acaba fazendo com que o que ela aprende na escola, aprenda com amigos a importância do uso da camisinha, às vezes os métodos contraceptivos não são usados, devido à apreensão que os pais fazem. O que temos que fazer? É um trabalho em comunidade, onde os vigilantes da saúde explicam não somente aos adolescentes em questão mais a todos que queiram saber, incluindo os pais que necessitam de mais informação para poder instruir os filhos, educando-os sexualmente. Agora, se tem todo esse papo em casa, na escola, e até mesmo na mídia, vários veículos de comunicação que auxiliam no entendimento desses, porque muitas delas ainda aparecem grávidas? Pressão do namorado.

Muitas meninas grávidas quando perguntadas, dizem que o seu parceiro não usa camisinha porque machuca, porque prende, porque incomoda. O resultado disso vem 9 meses depois do ato e dura para a vida toda. Se você ama mesmo alguém, vai querer preveni-la de todo o mal como as doenças, até mesmo uma gravidez indesejada. O que vale também é a consciência do casal em fazer com que tudo dê certo, para que esse momento de prazer, não se torne numa possível dor de cabeça depois. Se você não gosta de camisinha, procure orientação com seu ginecologista e conheça outros métodos contraceptivos que você possa usar, mas nenhum tão seguro quanto à camisinha.

1. Gravidez
Biologicamente a gravidez pode ser definida como o período que vai da concepção ao nascimento de um indivíduo. Entre os animais irracionais trata-se de um processo puro e simples de reprodução da espécie. Entre os seres humanos essa experiência adquire um caráter social, ou seja, pode possuir significados diferenciados para cada povo, cada cultura, cada faixa etária.
Em alguns países como a China, que não possui mais capacidade territorial para absorver um número elevado de indivíduos a maternidade é controlada pelo governo e cada casal só pode ter um filho. Em outras culturas como em tribos indígenas e alguns países africanos gravidez é sinônimo de saúde, riqueza e prosperidade.
No Brasil, onde não há controle de natalidade e onde o planejamento familiar e a educação sexual ainda são assuntos pouco discutidos, a gravidez acaba tornando-se, muitas vezes, um problema social grave de ser resolvido. É o caso da gravidez na adolescência.
2. Gravidez na adolescência
Denomina-se gravidez na adolescência a gestação ocorrida em jovens de até 21 anos que encontram-se, portanto, em pleno desenvolvimento dessa fase da vida - a adolescência. Esse tipo de gravidez em geral não foi planejada nem desejada e acontece em meio a relacionamentos sem estabilidade. No Brasil os números são alarmantes.
Cabe destacar que a gravidez precoce não é um problema exclusivo das meninas. Não se pode esquecer que embora os rapazes não possuam as condições biológicas necessárias para engravidar, um filho não é concebido por uma única pessoa. E se é à menina, que cabe a difícil missão de carregar no ventre, o filho, durante toda a gestação, de enfrentar as dificuldades e dores do parto e de amamentar o rebento após o nascimento, o rapaz não pode se eximir de sua parcela de responsabilidade. Por isso, quando uma adolescente engravida, não é apenas a sua vida que sofre mudanças. O pai, assim como as famílias de ambos também passam pelo difícil processo de adaptação a uma situação imprevista e inesperada.
Diante disso cabe nos perguntar: por que isso acontece? O mundo moderno, sobretudo no decorrer do século vinte e início do século vinte e um vem passando por inúmeras transformações nos mais diversos campos: econômico, político, social.
Essa situação favoreceu o surgimento de uma geração cujos valores éticos e morais encontram-se desgastados. O excesso de informações e liberdade recebida por esses jovens os levam à banalização de assuntos como o sexo, por exemplo. Essa liberação sexual, acompanhada de certa falta de limite e responsabilidade é um dos motivos que favorecem a incidência de gravidez na adolescência.
Outro fator que deve ser ressaltado é o afastamento dos membros da família e a desestruturação familiar. Seja por separação, seja pelo corre-corre do dia-a-dia, os pais estão cada vez mais afastados de seus filhos. Isso além de dificultar o diálogo de pais e filhos, dá ao adolescente uma liberdade sem responsabilidade. Ele passa, muitas vezes, a não ter a quem dar satisfações de sua rotina diária, vindo a procurar os pais ou responsáveis apenas quando o problema já se instalou.
A desinformação e a fragilidade da educação sexual são também questões problemáticas. As escolas e os sistemas de educação estão muito mais preocupados em dar conta das matérias cobradas no vestibular, como: física, química, português, matemática, etc., do que em discutir questões de cunho social. Dessa forma, temas como sexualidade, gravidez, drogas, entre outros, ficam restritos, quase sempre, aos projetos, feiras de ciência, semanas temáticas, entre outras ações pontuais.número de pais e mães adolescentes cresce a cada dia.
A adolescência já é uma fase complexa da vida. Além dos hormônios, que nessa etapa afloram causando as mais diversas mudanças no adolescente, outros assuntos preocupam e permeiam as mentes dos jovens: escola, vestibular, profissão, etc.
A gravidez, por sua vez, também é uma etapa complexa na vida. Ter um filho requer desejo tanto do pai quanto da mãe, ma s não só isso. Atualmente, com problemas como a instabilidade econômica e a crescente violência, são necessários, além de muita consciência e responsabilidade, um amplo planejamento. Quando isso não acontece, a iminência de acontecerem problemas é muito grande.
Os primeiros problemas podem aparecer ainda no início da gravidez e vão desde o risco de aborto espontâneo - ocasionado por desinformação e ausência de acompanhamento médico - até o risco de vida - resultado de atitudes desesperadas e irresponsáveis, como a ingestão de medicamentos abortivos.
O aborto além de ser um crime, em nosso país, é uma das principais causas de morte de gestantes. Por ser uma prática criminosa não há serviços especializados o que obriga as mulheres que optam por essa estratégia, a se submeterem a serviços precários, verdadeiros matadouros de seres humanos, colocando em risco a própria vida.
Um outro problema é a rejeição das famílias. Ainda são muito comuns pais que abandonam seus filhos nesse momento tão difícil, quando deveriam propiciar toda atenção e assistência. Há que se pensar que esse não é o momento de castigar, pelo menos não dessa forma, o filho ou filha.
Em outras situações a solução elaborada pelos pais é o casamento. Os adolescentes, nessa situação, são, normalmente, meros observadores e em geral não se opõem a decisão tomada pelos pais. Isso acontece tanto pela inexperiência quanto pela culpa que carregam ou ainda por pura falta de condições de apontar melhor solução. O agravante dessa situação são os conflitos de depois do casamento, que na maioria das vezes acabam em separação, causando uma situação estressante não só para os pais, mas também para o bebê.
A adolescência é o momento de formação escolar e de preparação para o mundo do trabalho. A ocorrência de uma gravidez nessa fase, portanto, significa o atraso ou até mesmo a interrupção desses processos. O que pode comprometer o início da carreira ou o desenvolvimento profissional.

3. Métodos Contraceptivos
3.1. Espermicida
Espermicida é um produto, uma espécie de gel, comprado em farmácias sem a necessidade de receitas médicas e utilizado para matar ou imobilizar os espermatozóides evitando que eles cheguem ao óvulo. É aplicado na vagina pouco antes da relação sexual, mas não oferece o mesmo grau de proteção que a camisinha, por exemplo. O ideal é que seja usado junto com a camisinha aumentando assim sua eficácia.
3.2. Diafragma
O diafragma é outro método ideal que cãs bem com o espermicida. Aliás, ele só funciona assim. É um objeto côncavo, arredondado e de bordas, feito de borracha flexível. Para utilizá-lo é necessário aplicar-lhe o espermicida e em seguida inseri-lo no canal vaginal. Ele funciona como uma barreira de proteção do útero.
3.3. Camisinha
É o método contraceptivo mais seguro chegando a oferecer 90% de segurança em relação a gravidez. Além da gravidez previne também todo tipo de doença sexualmente transmissível. Além disso, pode ser utilizada tanto pelo parceiro (camisinha masculina) quanto pela parceira (camisinha feminina). Outra vantagem é que sua aquisição é fácil. Tanto pode ser adquirida gratuitamente nos postos de saúde como comprada a um preço módico em supermercados e farmácias. O único cuidado que deve ser tomado é o de observar se o produto tem o selo do imetro e se está dentro da data de validade.
3.4. Pílulas anticoncepcionais
Um dos métodos contraceptivos mais populares as pílulas ocupam o primeiro lugar no ranking dos métodos mais usados pelas meninas. Isso acontece, primeiro porque sua fama de método seguro é grande, segundo porque o acesso a esse produto também é muito fácil. Embora isso seja errado a maioria das farmácias não pede receita médica no ato da compra e muitas mulheres fazem uso desse medicamento sem orientação médica. É importante salientar que essa atitude não deve ser cultivada. O uso de qualquer medicamento por iniciativa própria é arriscado à saúde. As pílulas costumam provocar efeitos colaterais como aumento ou redução de peso, dores de cabeça, náuseas, tonturas, entre outros.
3.5. Outras alternativas
Além desses há ainda um método contraceptivo que não é adequado à adolescência. É o DIU (Dispositivo Intra Uterino). Trata-se de um mecanismo depositado, apenas pelo médico, no útero da mulher e que deve ser acompanhado pelo menos de 6 em 6 meses pelo ginecologista.
Não resta dúvida então que o melhor remédio para não engravidar é prevenir, certo? Porém, se algo deu errado há um método contraceptivo de urgência: trata-se da "pílula do dia seguinte". É um medicamento que deve ser usado quando, por acidente, falham os outros métodos. Importante: apenas em casos extremos. Não dá para ser irresponsável e sair por aí transando sem proteção e tomando a pílula toda vez que transa. A eficiência do uso da "pílula do dia seguinte" está relacionada com o tempo que leva entre a transa e a ingestão do medicamento. Quando mais cedo for tomada maior sua eficácia. Seu uso errado pode ser prejudicial a gravidez, por isso deve ser orientado pelo médico.


Como lidar com nossos Filhos.

Como aplicar o cantinho da disciplina ?


Esta disciplina apliquei aqui em casa e deu certo fui criada com surras confesso que não gostava delas  então resolvi seguir estas regras  com a minha filha comecei a aplicar, ela com 1 ano e 10 meses não ficava quieta no  no cantinho da disciplina  melhorou mais com 2 anos  porque quando ela saia colocava  de volta só depois que ela ficasse que o cronometro rodava . não coloquei plaquinhas mas isso fica a seu critério   ai vai as regras mais tem que seguir a risca porque a criança testa limites fique calma !


MÉTODO DO CANTINHO DA DISCIPLINA

1. Apresente as regras da casa à criança; explique a ela, o que pode e o que não pode fazer. Para isso, agache-se e fique na altura da criança; olhe nos seus olhos e fale com firmeza e autoridade não grite.

2. Cada vez que a criança desobedecer ou descumprir uma regra, chame sua atenção e diga a ela porque não pode agir daquela maneira; lhe dê uma ÚNICA advertência.

OBSERVAÇÕES
- Isso é muito importante, porque você dá à criança a chance de obedecer ou de se redimir de alguma coisa errada que fez e, a condicionará a obedecer logo na primeira vez que você chamar a sua atenção. 
- Importante também que você não grite, não altere seu tom de voz, sempre fale com firmeza e autoridade; não perca o controle, pois a criança deve perceber que você está dominando a situação.
- NÃO RIA, pois se isso acontecer, além de não cumprir a sua ordem, ela perderá o respeito por você. 
- Muitas vezes a criança irrita os pais propositalmente, para testar a sua paciência e ganhar espaço para agir livremente. Tente diferenciar desobediência de provocação. Se a criança estiver fazendo uma provocação, o melhor caminho é ignorá-la. Assim, com o tempo, ela perceberá que suas provocações não surtem efeito, deixando de agir desta maneira.

3. Caso ela ignore a advertência, agache-se à sua altura e sem alterar a voz, vá até as placas de regras e diga a ela qual regra ela desobedeceu, e por este motivo, ficará no banquinho ou no tapetinho por tantos minutos (um minuto por idade). Caso ela resista, segure-a firme até completar o tempo. Ao final, repita para ela que ficou ali por ter desobedecido tal regra e peça que ela peça desculpas (caso isso não aconteça, deixe-a novamente o mesmo tempo que ficou, até reconhecer seu erro e pedir desculpas). 

OBSERVAÇÕES:
- Importante que ela demonstre arrependimento do que fez e que entenda que para cada regra desobedecida, existe uma consequência para os seus atos. 
- Importante também, que ela perceba que deve obedecer aos pais e respeitar sua autoridade. 
- Não fale repetidas vezes a mesma coisa, explique tudo uma única vez.

Depois, peça também um abraço e um beijo. Esta atitude, servirá para demostrar o carinho entre vocês e selar a paz. 
- Importante que ela perceba que você a desculpou e demostre seu amor por ela.

4. Leve a criança ao cantinho da disciplina quantas vezes forem necessárias. No começo será difícil, mas tudo é um processo. O importante é que vocês pais, se policiem, e não deixem que antigos hábitos (como, por exemplo, chineladas e xingamentos) voltem a fazer parte da rotina. Caso contrário, esta metodologia não funcionará.

regras para os pais


Não tenha medo de seus filhos;
Não fique com receio de educar os filhos e nem de dizer não para eles;
As crianças precisam dos limites impostos pelos pais para serem adultos responsáveis;
Se os pais amam os filhos eles precisam estabelecer limites;
Os limites, o “não” e a disciplina são exemplos de amor aos seus filhos;
Faça programas que envolvem toda a família pelo menos nos finais de semana;
Divida seu tempo entre o trabalho e seus filhos;
Crie uma rotina em casa, com horários para as brincadeiras, os passeios e as tarefas da escola;
Controle o que as crianças vêem na tv. Saber a classificação de cada programa, assisti-los e conhecer os personagens são deveres dos pais;
Coloque pequenas porções de comida no prato das crianças, lembrando-se sempre que elas não comem a mesma quantidade que os adultos;
Seja um bom exemplo para seus filhos: demonstre organização e segurança e nunca faça uso de palavrões na presença de seus filhos
Crie o hábito de envolver seus filhos nas tarefas domésticas. Isso os ensinará a ter noções de responsabilidade altém de deixá-los mais calmos e felizes

Claro que falar é mais fácil que agir, mas o importante é você amar seus filhos e querer para eles o que há de melhor. Tenha paciência e eduque-os de maneira adequada para que no futuro possam ser adultos felizes e responsáveis.


Sete passos para recuperar a autoridade com seu filho.

É possível mudar os rumos do comportamento da criança de até 12 anos, mas compreender e aceitar limites depende da persistência e da clareza dos pais



Se os pais perceberam que são facilmente desobedecidos e até manipulados pelas crianças, é hora de rever as regras do jogo – e colocá-las em prática. Com a ajuda de seis especialistas, confira sete passos para recuperar as rédeas da situação dentro e fora de casa, com filhos de até 12 anos.


1. Estabeleça regras gradativamente


Depois de alinhar um plano de ação com seu parceiro, tenha uma boa conversa com seu filho. Explique que as coisas irão mudar e comece colocando regras sobre o que mais incomoda – sejam os brinquedos desorganizados ou a manha para ir dormir. “Pense no que não está bom e deixe claro que não irá aceitar mais aqueles comportamentos”, diz a psicopedagoga Nívea Fabrício, diretora do Colégio Graphein. A criança precisa saber o que estão esperando dela.


2. Faça combinados claros


Você sabe que seu filho sempre faz um escândalo se você não dá aquele brinquedo que viu na vitrine do shopping. A partir de hoje, antes de sair, você vai combinar com ele que não irá comprar nada que não seja estritamente necessário. Pode ser que você já fizesse isso antes, mas de acordo com Suely Palmieri Robusti, diretora educacional da escola Novo Ângulo Novo Esquema (NANE), o combinado precisa se manter consistente. “Não cumpriu, volta para casa”, orienta. Melhor perder uma viagem ao shopping que a autoridade com seu filho.



3. Mostre que atos têm consequências


A punição deve ser usada como último recurso, segundo a psicóloga e psicoterapeuta familiar Ana Gabriela Adriane. Depois de explicar diversas vezes que um comportamento não é aceitável, como sair da mesa na hora do jantar, os pais devem avisar que, se fizer isso novamente, a criança passará o dia seguinte sem videogame ou outro elemento de que ela gosta. Caso a criança desafie os pais, o prometido deve realmente ser aplicado. Por isso que não vale inventar castigos absurdos, como deixar a criança dois meses sem jogar bola. Assim, nem a criança nem os pais aguentarão e o limite se perde.


4. Reforce o bom comportamento


Se a criança arrumou a cama todos os dias durante uma semana, os pais podem levá-la para andar de bicicleta no sábado, por exemplo, como sugere a psicóloga comportamental infantil Jéssica Fogaça, da Estímulo Consultoria. A criança será estimulada a manter o respeito aos combinados com os pais. Mas compense com atenção, não com dinheiro. “O importante é não sugerir coisas materiais nessa hora”, esclarece. Veja 31 ideias para passar tempo com as crianças sem gastar muito dinheiro.


5. Seja firme e carinhoso ao mesmo tempo


Não adianta ter raiva e gritar na hora em que a criança desobedece ou faz o maior escândalo para tentar conseguir o que quer. “Tentar impor o limite através do grito ou da agressão não dará nenhum respeito aos pais”, diz Ana Gabriela. Se o adulto começa a falar mais alto que a criança, está descendo ao mesmo comportamento do filho e a relação entre ambos deixa de ser vertical. Procure se acalmar antes de explodir e, por mais que a criança chore, não ceda: “'Não' é 'não', mas o pai não precisa deixar a criança sofrendo. Ele pode dar o 'não', explicar a razão e acolher a criança”, explica. Segundo a psicopedagoga Nívea Fabrício, a criança deve saber que o limite faz parte da vida e não tem a ver com afeto.


6. Explique o porquê do não


Para a psicóloga e pedagoga Regina Mara Conrado, coautora do livro “Filhos e Alunos Sem Limites: Um Desafio para Pais e Professores” (Editora WAK) ao lado de Lucy Silva, os pais devem dialogar com o filho sempre que ele tiver uma atitude inadequada e mostrar porque aquele comportamento não foi bacana. Jéssica Fogaça comenta: “O que ajuda a criança a entender o limite são a constância e a explicação”. Os pais, portanto, terão que ter paciência e explicar o que pode e o que não pode várias vezes – e sempre cobrar o comportamento que se espera que ela tenha.


7. Aguente a frustração dos filhos


Para a criança que não está acostumada a receber limites, começar a recebê-los será frustrante. Mas Suely Palmieri Robusti recomenda a insistência. “É deixar espernear algumas vezes e insistir no 'não'”. Lembre que o limite é uma coisa de que seu filho precisa, não somente algo que você quer. A culpa é a pior causa da falta de autoridade dos pais, que se tornam permissivos por se sentirem ausentes. A psicoterapeuta de família Ana Gabriela lembra que é preciso se ater à qualidade dos momentos vividos com os filhos, e não à quantidade. E quanto mais educados eles forem, melhores serão estes momentos.




Pais devem aprender a aceitar os filhos como eles são.

O objetivo da paternidade deve ser o de criar filhos com uma boa autoestima e autoimagem, ingredientes vitais para o sucesso escolar e na vida




Ao contrário do que alguns pais acreditam ou esperam, crianças não são uma folha de papel em branco ao nascer. Ao invés disso, chegam ao mundo com habilidades predeterminadas, predisposições e temperamentos que pais atenciosos podem nutrir ou modificar, mas que quase nunca são capazes de reverter.


Talvez ninguém saiba disso tão bem quanto o casal Jeanne e John Schwartz, pais de três filhos, entre os quais o mais novo – Joseph – é completamente diferente dos demais.


Quando colocados em frente à caixa de brinquedos, a filha Elizabeth pegava as Barbies e o filho Sam, os caminhões. Mas Joseph, como a irmã, ignorava os carrinhos e preferia as bonecas, que vestia com grande atenção. O menino queria sapatinhos cor de rosa com luzes brilhantes e pedras preciosas aos três anos de idade e quis sair fantasiado de "diva pop" no Halloween.


Joseph adorava palavras e livros, mas "nossas tentativas de fazer com que se interessasse pelos esportes que Sam tanto amava foram frustrantes e quase desastrosas", afirmou Schwartz, correspondente internacional do New York Times e autor do instrutivo "Oddly Normal: One Family's Struggle to Help Their Teenage Son Come to Terms with his Sexuality" (Estranhamente normal: a luta de uma família para ajudar o filho adolescente a entender a própria sexualidade), publicado pela Gotham Books.


"O livro não trata apenas do desafio de criar um filho gay", afirmou Schwartz em uma entrevista. "Fala sobre criar filhos que são diferentes". Citando o conto "The Martian Child", sobre um filho adotado, Schwartz afirmou: "precisamos tomar conta dos nossos marcianinhos, reconhecendo e adaptando-nos a suas diferenças".


Adaptando expectativas


O objetivo da paternidade deve ser o de criar filhos com uma boa autoestima e autoimagem, ingredientes vitais para o sucesso escolar e na vida. Isso significa aceitar os filhos da maneira como nasceram – gays ou héteros, atléticos ou intelectualizados, muito inteligentes ou nem tanto, magrelos ou gordinhos, tímidos ou extrovertidos, comilões ou inapetentes. 



Naturalmente, os pais devem fazer o máximo possível para dar aos filhos a oportunidade de aprender e gostar de atividades que talvez não façam parte de suas tendências naturais. Mas, conforme atestado no livro de memórias, forçar uma criança a adotar uma fórmula prescritiva quase sempre traz maus resultados.


Por exemplo, todos em minha família praticam esportes e acreditam firmemente na importância da atividade física. Todo mundo, menos um dos meus netos. Agora com 10 anos de idade, ele é um intelectual desde os 3, quando decorou todo o atlas dos animais do mundo. Ele é capaz de absorver informações científicas como uma esponja e nunca se esquece, é capaz de falar sobre criaturas abissais, planetas e estrelas, reações químicas, taturanas exóticas, formações geológicas – e tudo o que puder imaginar –, além de ser um mago dos computadores. Mas não tem qualquer interesse ou habilidade aparente para os esportes. Os pais o apresentaram para uma série de modalidades individuais e de equipe, mas até agora nada funcionou.


Ao invés de tentarmos transformá-lo em algo que não é, o desafio para todos nós é o de nos adaptarmos às diferenças, amando-o por quem ele é, sem depreciá-lo pelo que não é. Enquanto os outros três meninos ganham bolas de basquete, bicicletas e raquetes de tênis de presente, em seu aniversário de 10 anos dei a ele um grande livro sobre o universo, que se tornou seu livro de cabeceira.


Vidas mais ricas


Uma voz persuasiva em favor das diferenças entre as crianças e da forma como as famílias devem se adaptar é a de Andrew Solomon, autor do ambicioso livro "Far From the Tree: Parents, Children and the Search for Identity" (algo como "sem ter a quem puxar: pais, filhos e a busca pela identidade"), publicado pela Scribner. Solomon é um homem gay que criou três filhos, um dos quais com seu marido, e que explorou a fundo os desafios e recompensas da diversidade familiar.


Solomon escreve artigos para o New York Times e entrevistou mais de 300 famílias que, em sua maioria, educaram crianças surdas, anãs, autistas, esquizofrênicas, transgênero, com Q.I. alto ou síndrome de Down, além de filhos nascidos de relações não consensuais ou que tenham se tornado criminosos.


O autor apresenta bons argumentos em favor da aceitação das crianças pelo que são, sem deixar de ajudá-las a se tornarem o melhor dentro de suas possibilidades individuais. Um momento especialmente comovente é a história de uma família cujo filho era um portador extremamente funcional da síndrome de Down. Durante anos o menino obteve os mesmos resultados escolares dos demais colegas e era um exemplo do que as crianças com síndrome de Down seriam capazes de fazer. Mas quando o menino já não conseguia mais progredir, a mãe reconheceu que ele precisaria deixar a escola.


"Trabalhamos muito duro para que ele fosse o cara da síndrome de Down que frequentava a escola", afirmou a mãe. "Mas tínhamos que optar pelo melhor para ele, não pelo ideal que havíamos construído para nós mesmos."


A maior parte dos pais entrevistados por Solomon encontrou muitas recompensas ao lidar com filhos diferentes.


"Os pais me disseram que isso tornou suas vidas muito mais ricas e que não trocariam isso por nada neste mundo", afirmou Solomon. "Há muitas maneiras de existir no mundo e muitas maneiras de ser 


Conforme Schwartz descreveu Joseph: "Ele é um cara sensacional e é um prazer estar ao lado dele. Não teria sido capaz de inventá-lo do zero. É impossível esperar que nossos filhos saiam de acordo com o planeado, mas é fácil ficar feliz com o resultado". 


E acrescentou: "Queremos que nossos filhos deem o melhor de si e sintam-se confortáveis com quem são. Devemos defendê-los e ajudá-los a desenvolverem as habilidades necessárias para tomarem conta de si mesmos. Mas os pais não têm o direito de moldar os filhos. Se esperamos que nossos filhos se adaptem aos padrões que inventarmos, certamente ficaremos desapontados".


A escola e as diferenças


As escolas também deveriam saber como acomodar crianças que são diferentes, afirmou Schwartz, cujo livro fala sobre os problemas enfrentados pelo filho, mesmo em uma cidade com ótimas escolas.


Não se trata apenas de as escolas lidarem de forma eficaz com o bullying, afirmou. "Jeanne e eu acreditamos que as escolas podem fazer muito com os recursos que possuem para aceitar as diferenças entre as crianças, além de reconhecer quando são desnecessariamente destacadas", afirmou.


Mesmo com pais que o aceitam e encorajam, durante anos Joseph Schwartz não foi capaz de reconhecer que era gay, o que resultou em sérios problemas acadêmicos, sociais e psicológicos. Todas as famílias entrevistadas por Solomon enfrentaram problemas e muitas receberam a preciosa ajuda de pais com desafios similares, uma tarefa que se tornou muito mais fácil com o advento da internet.


Segundo ele, criar filhos diferentes foi "uma ocasião de crescimento que introduziu muitos pais a redes sociais que jamais haviam imaginado".


Solomon afirmou que "essa experiência enriquece a vida de todos os pais que são capazes de ver um lado positivo em ter um filho diferente".



Sete erros dos pais na hora de impor limites.

Os equívocos mais comuns dos adultos quando as crianças precisam ouvir um “não” – e as dicas para evitá-los.


“Filho, se você não parar com isso agora...”. Muitos pais já devem ter usado esse conhecido início de frase em tentativas frustradas de impor limites aos filhos. Logo depois, pode seguir uma ameaça de palmada ou de castigo. Funcionaria? Provavelmente não. Ser permissivo tampouco é uma solução.


Para os pais não acharem que estão em um beco sem saída, listamos alguns dos erros mais comuns cometidos nestas horas. Saiba quais são e como evitá-los.


1. Não faça ameaças se não for cumpri-las


Antes de dizer que o filho desobediente ficará sem sorvete até o ano que vem, os pais precisam pensar – de verdade – se poderão cumprir a promessa. Ameaçar e não cumprir, para o psicólogo Caio Feijó, autor do livro “Pais Competentes, Filhos Brilhantes – Os Maiores Erros dos Pais na Educação dos Filhos e os Sete Princípios Fundamentais para Prevenir essas Falhas” (Novo Século Editora), gera filhos que perdem o respeito pelos pais. Se ele não se comportou direito, melhor vetar aquela festinha do amigo que está próxima – e cumprir – do que proibir que ele jogue videogame para sempre.


Dica: Transforme ameaças em avisos, passando a mensagem sem violência.



2. Não ceda


Não vale ser indulgente com a indisciplina do filho porque você trabalha fora e se sente culpada, nem por achar que ele deixará de amá-la – medos bem comuns, segundo a psicóloga Dora Lorch, autora do livro “Superdicas para Educar bem seu Filho” (Editora Saraiva). Se uma posição foi determinada, não volte atrás. A postura, segundo Caio Feijó, é essencial para as crianças não serem tão resistentes com os limites impostos.


Dica: Leve em consideração se o seu filho está passando por um momento difícil – como a perda de um animal de estimação.


3. Evite recompensas


O comportamento adequado não é uma moeda de troca. Os pais não devem prometer um brinquedo novo para o filho se comportar em um restaurante. “Dessa forma ele acreditará que tudo na vida se resolve negociando”, afirma a psicóloga e pedagoga Regina Mara Conrado, autora do livro “Filhos e Alunos sem Limites: Um Desafio para Pais e Professores” (Editora WAK) ao lado de Lucy Silva.


Dica: Não coloque a recompensa como um prêmio, mas saiba reconhecer a boa conduta da criança com palavras. Presentes não são proibidos, mas o psicólogo e terapeuta familiar João David Cavallazzi Mendonça sugere dá-los só às vezes.


4. Não dê ordens dúbias para a criança


Para o psicoterapeuta e educador Leo Fraiman, os pais que não decidem juntos os padrões da educação do filho cometem um grande erro. Se a mãe diz que o filho não deve ir dormir mais tarde em dia de jogo do time preferido e o pai acaba deixando, a criança não irá entender o que deve fazer.


Dica: Os pais devem decidir as regras a dois – e cumpri-las.


5. Seja firme e paciente


Frustrar a criança a ajudará a lidar com as adversidades da vida no futuro. “Dizer ‘não’ é prerrogativa e obrigação dos pais quando necessário”, diz Caio Feijó. Portanto, os pais devem ser firmes em suas ações e não deixar para resolver um problema depois que ele já passou. Resolver de cabeça quente também não adianta: diante de um comportamento inadequado, insista e, se necessário, conte até mil. Mas sempre evite dizer que a criança é malcriada e não faz nada direito.


Dica: “É mais seguro sugerir que aquilo que ela fez foi errado e é melhor não se repetir”, diz João David.


6. Não se prolongue demais nas explicações


De acordo com Regina Mara Conrado, é importante pontuar o porquê dos limites, mas não é necessário contar uma novela enquanto a criança reluta. “Se os pais se estendem na justificativa, acabam se perdendo e cedem à insistência da criança”, diz.


Dica: Seja claro e objetivo sobre por que a criança ouviu um “não”, mas adapte a explicação à capacidade de compreender dela.


7. Não insista se não tiver razão


Existem coisas que não se obriga. Se seu filho não gosta das aulas de judô, não há razões para insistir. Dora Lorch recomenda aos pais perceber quando a criança precisa de acolhimento em vez de imposição. Ela pode estar sendo intransigente por estar sofrendo bullying na escola, por exemplo.


Dica: Esteja próximo a seu filho para saber diferenciar indisciplina de apreensão.


Educar sem bater é possível

Especialistas diferenciam autoridade de autoritarismo e explicam os princípios para ter – e manter – a autoridade com seu filho

Impor limites não é tarefa fácil para pai algum. Muitos têm medo de perder o amor dos filhos por serem severos demais. Porém, a autoridade parental é indispensável para educar, criar consciência e, consequentemente, começar a construir o caráter das crianças. O importante é não confundir “criar regras” com “impor vontades”. E é possível fazer isso tudo sem bater.

Adela Stoppel de Gueller, psicóloga e coordenadora do setor de Clínica e Pesquisa do Departamento de Psicanálise da Criança do Instituto Sedes Sapientae, chama atenção para o fato de que os pais são, inicialmente, a referência mais importante de autoridade de uma criança – e não devem se esquecer disso nem quando são enfrentados pelos filhos. “À medida em que as crianças crescem e vão ganhando autonomia, elas questionam a autoridade parental e as leis da sociedade. Nesse momento, é importante que os pais mostrem aos filhos que a autoridade que eles detêm não é arbitrária, que não é um capricho”, recomenda.

A psicóloga explica que discutir as decisões tomadas pode desgastar a autoridade dos pais. “É importante que os pais, quando devem dizer não, não tenham que ficar se justificando. Não é a explicação do ‘não’ que coloca as crianças para pensar, é o ‘não’ puro e simples que faz com que elas reflitam pela lei e pelos limites”, defende Adela. A educadora Cris Poli reforça o argumento da psicóloga e afirma que, desde pequenos, temos que aprender que vivemos em uma sociedade que tem limites. “Pais não podem temer deixar os filhos frustrados porque vão negar algum pedido deles. Ensinar, colocando regras, é educar”, fala a apresentadora do programa “Supernanny” (SBT).


Autoridade x autoritarismo 


A linha entre autoridade e autoritarismo parece tênue. Porém, os dois conceitos são bastante distintos. Enquanto autoridade significa impor regras necessárias para um bom convívio, autoritarismo é sinônimo de imposição, uso excessivo de poder. Mara Pusch, psicóloga da Unifesp, diz que autoridade parental não deixa criança alguma retraída ou traumatizada. “Os pais precisam entender que autoridade é mostrar que você tem o poder de decisão sobre o seu filho. O problema é que, quando dessa decisão não é bem exposta às crianças, vira autoritarismo. O filho precisa enxergar que tem autonomia para escolher o que quer, mas que o seu desejo pode ser ou não realizado”.


Como lidar com crises de raiva das crianças

Bater em crianças: crime ou educação?
Opinião: uma lei para punir ou um programa para educar os pais?
Uma criança se sente acuada quando sofre uma vigilância constante, quando há controle em demasia sobre as suas ações. Adela destaca que, ao notarmos crianças retraídas ou sufocadas, é preciso pensar que ela está sentido o peso da autoridade como excessivo e que pode não ter forças para suportá-lo. “O retraimento é como um refúgio para os filhos que se sentem assim. É importante que os pais repensem seu lugar e escutem a criança. Às vezes, em alguns desses casos, é a criança quem cria uma imagem de um pai extremamente autoritário e isso não corresponde à realidade. Nessas horas, pode ser importante consultar um especialista”, afirma a psicóloga.
O fim da palmada

Um projeto de lei do governo federal que prevê punição para quem aplicar castigos corporais em crianças e adolescentes está tramitando no Congresso Nacional. Sua aprovação, que é bastante provável, marcaria o fim da era das palmadas e dos beliscões, tão conhecidos pelos adultos de hoje. A discussão, que gera muita polêmica, é tratada por Cris Poli com naturalidade. A educadora defende, desde sempre, que para educar não é preciso bater. “Métodos de disciplina é que ensinam o que é certo e errado. Palmadas e puxões de orelha são usados apenas pelos pais que não conseguem se impor e perdem a paciência com os filhos”, fala. “Eu sequer vejo necessidade de uma lei para proibir isso. O que precisamos é de uma campanha de conscientização disciplinar”, acrescenta a educadora.


Mara defende o castigo como uma boa forma de punição para os filhos que descumprem as regras da casa. Para a psicóloga, o castigo tem que ser algo que tanto a criança quanto o adulto consigam cumprir. Não pode ser uma atitude drástica. “Não adianta o pai ameaçar e não dar conta do recado. Se a criança só fica tranquila com o videogame, e o pai tira isso completamente dela, não vai funcionar. Não defendo castigos assustadores, pois isso gera medo”.

Adela complementa o argumento da psicóloga dizendo que os pais devem refletir sobre os castigos que impõem e admitir quando foram severos demais na hora de aplicá-los. “Admitir um erro não implica em perder autoridade, ao contrário, é algo que pode fortalecer os pais porque a criança vê ali um ser racional, que reflete sobre suas ações”, diz.

Recuperando a autoridade


Nunca é tarde demais para recuperar a autoridade com o seu filho. Pelo menos é o que dizem as três especialistas. Para Adela, antes de tentar resgatar o controle da situação em casa, os pais têm que olhar para si mesmos e recuperar a confiança em si. “Se conseguirem isso, os filhos vão perceber e passar a confiar na palavra deles”, explica.


Para os casos mais graves, quando as crianças já não respondem às regras e fazem birra por qualquer coisa, Mara sugere terapia familiar. “Pode ser bom para o pai entender por que perdeu a autoridade e visualizar a dinâmica da casa. Normalmente, quem está dentro da situação não consegue enxergar direito. É importante também perceber como a criança age em outros ambientes, se é sem limites fora de casa”, recomenda.


Cris Poli afirma que o mais importante é que os pais se convençam de que a autoridade está com eles e que educar é uma responsabilidade, não uma escolha. “A minha experiência indica que o primeiro passo é assumir o papel de educador dentro de casa e se posicionar com firmeza. A partir daí, o pai ou a mãe tem que rever sua postura e tentar mudar o que está errado”, finaliza.



Cinco frases que você NÃO deve dizer ao seu filho.



Você certamente sabe que o primeiro contato de uma criança com o mundo acontece dentro da família e que os adultos, portanto, tem um papel fundamental na formação da personalidade e identidade social de uma criança. Por isso, tanto os seus atos quanto aquilo que você diz para o seu filho tem grande importância – e podem ter um impacto positivo ou negativo sobre ele.


Segundo a  professora de psicologia da faculdade Pequeno Príncipe (PR) , ligada ao hospital de mesmo nome, Mariel Bautzel, toda a estrutura psíquica e social de uma pessoa é formada na primeira infância.


“Não é raro vermos adultos que não sabem lidar com os próprios sentimentos ou que desconfiam muito do outro”, explica a especialista. Para ela, a causa pode estar lá atrás, na infância.


Pensando nisso, com a ajuda de Mariel e também da psicoterapeuta do hospital Infantil Sabará (SP), Germana Savoy, listamos cinco frases que você NÃO deve dizer ao seu filho.


“Pára de chorar”

A clássica frase inibe a expressão do sentimento da criança, sendo que o ideal é que você a ensine a lidar com as próprias emoções.

“Sempre aconselho que os pais mostrem uma alternativa para o filho. Uma boa saída é pedir que eles mantenham a calma no momento do choro”, diz Germana.


“Volte já para a sua cama, isso é só um sonho”

Até os 5 ou 6 anos, os pequenos não sabem diferenciar com precisão o mundo real do mundo dos sonhos, por isso eles não entendem bem quando você disser que aquilo que elas vivenciaram não é real. O melhor é acalentá-lo, dizer que o medo logo vai passar e colocá-lo para dormir na cama dele novamente.

“Essa injeção não vai doer”

Mentir para o seu filho faz com que a relação de confiança entre vocês seja quebrada. Fale sempre a verdade. Além da dor da injeção, ele também vai ficar magoado por ter sido enganado.

“Você não aprende nada direito”

Crianças que tem uma referência negativa de si mesmas obviamente ficam com a autoestima prejudicada, explica Germana. E, como elas ainda possuem um mecanismo de defesa pouco desenvolvido, tudo o que um adulto disser terá um impacto enorme. Dizer que elas são burras, ou que nunca vão aprender matemática, por exemplo, pode fazer com que realmente acreditem que tem essas fraquezas.

“Se você não me obedecer, eu vou embora”

A criança tem de aprender a respeitar os pais pelaautoridade – e não por medo de perdê-los ou, pior ainda, de serem maltratados. Ameaças e chantagens estão fora de cogitação.

Claro que, às vezes, os pais acabam falando coisas que não gostariam… Se isso acontecer, não se culpe. O jeito é recuperar a calma e conversar com a criança, explicando que agiu de forma errada.

Dicas de Estudo para seus Filhos.


Dicas de Estudo


Orientações básicas para ter um bom desempenho no colégio ou na faculdade.
 Recomendações e orientações práticas para que você possa ter um bom desempenho escolar:

» Crie um horário de estudo diário para revisar as matérias do dia. Não deixe pra estudar tudo no dia anterior a prova.
» Estude num lugar calmo e sem barulho. Música durante o estudo? Só se for música calma e em volume baixo.
» Procure esclarecer todas as dúvidas com o professor durante as aulas ou dias de reforço.
» Alimente-se antes de ir ao colégio. Com fome fica mais difícil aprender.
» Procure desenvolver todas as atividades propostas pelos professores e participar dos trabalhos.
» Realize atividades físicas, pois uma boa saúde corporal é fundamental para um bom desempenho na escola.
» Procure dormir no mínimo 8 horas por dia para não ter sono durante as aulas.
» Acompanhe os telejornais e leia revistas e jornais. Um aluno atualizado sempre tem um bom desempenho no colégio.
» Use e abuse do dicionário, pois só assim você irá aumentar seu vocabulário e entender melhor os textos.
» Aproveite bem as férias e feriados. O lazer é fundamental para recarregar as baterias e chegar disposto ao colégio.
» Procure ter uma vida agradável no colégio, faça amigos e aproveite as atividades extraclasses.



Dez dicas para melhorar o desempenho escolar do seu filho
Construir um vínculo com a escola desde cedo e traçar paralelos entre o conteúdo e a vida fora do colégio fazem muita diferença.


Além dos cadernos e boletins, os pais devem estar envolvidos com a vida escolar dos filhos desde o começo. Segundo a educadora Daniela de Rogatis, quando os pais não acompanham e valorizam o aprendizado, colocam a escola em xeque. “Se os pais não se importam com o que a criança aprende, eles desvalorizam a escola. E isso leva a criança a questionar o valor daquilo”, diz.

Deixar a educação somente nas mãos da escola não é uma solução. Para Daniela, a participação ativa dos pais na educação e no aprendizado dos filhos, além de ser um facilitador para perceber as dificuldades e facilidades das crianças, dá mais segurança para elas avançarem e melhorarem o desempenho. 

A educadora Andrea Ramal lançou recentemente o livro “Depende de você – Como fazer de seu filho uma história de sucesso” (LTC Editora) pensando exatamente nisto. Segundo a autora, enquanto os pais não se aliarem às escolas, as chances do fracasso do filho na vida escolar só aumentam. Conversamos com quatro especialistas em educação e reunimos 10 dicas para ajudar as crianças a aproveitarem a escola ao máximo. 

1. Não deixe para ir à escola somente quando aparece um problema 

Ir à escola somente quando você é convocado para resolver algum problema da criança não vai fazer tanta diferença. A psicóloga Eliana Tatit Sapienza, da Clínica Meta, especializada na área educacional, indica aos pais manter uma parceria com a escola e os professores, frequentando reuniões e se informando sobre o conteúdo desenvolvido em cada matéria. As crianças, especialmente as mais novas, se sentem mais seguras e confiantes quando percebem essa ligação entre pais e professores.

2. Crie um vínculo de comunicação 

Perguntar sempre como foi o dia de aula, o que os filhos aprenderam e se passaram por alguma dificuldade são algumas das questões iniciais para estabelecer o vínculo com as crianças sobre o assunto. “Não é para conversar na base da pressão, mas com amizade e afeto”, diz Andrea Ramal. Esse tipo de atitude fará com a criança se sinta, desde os primeiros dias na escola, à vontade para contar o que ela fez no dia, do que gostou e do que não gostou. Assim, se a conversa for mantida ao longo dos anos, os pais saberão se o filho é bom em português, mas tem dificuldades com a matemática, por exemplo. 

3. Acompanhe os deveres de casa 

Às vezes, segundo Birgit Mobus, psicopedagoga da Escola Suíço-Brasileira, em São Paulo, os pais trabalham tanto que lhes sobra pouco tempo para observar os deveres de perto, mas é importante que um dos dois realize esta função. Acompanhar o que a criança está aprendendo na escola aumenta a motivação e relacionar aquele conhecimento a uma lembrança real pode tornar o conteúdo ainda mais significativo – ao ver as lições sobre as vegetações típicas do país, por exemplo, vale relembrar aquela viagem feita ao cerrado ou a excursão das férias pelas trilhas e praias da Mata Atlântica.


4. Estabeleça uma rotina

A criança deve perceber que é muito mais proveitoso estudar um pouco por dia do que deixar para estudar na última hora, na véspera de uma prova. De acordo com Andrea Ramal, antes do sexto ano do Ensino Fundamental, estudar uma hora por dia está de bom tamanho. Conforme o número de matérias vai avançando, a duração deste período também deve aumentar. Se a criança ainda está no primeiro ciclo do Ensino Fundamental, o brincar ainda pode ter um espaço maior no dia a dia dela. “Os períodos de estudo devem ir crescendo a partir do segundo ciclo”, comenta Daniela de Rogatis.

5. Organize um espaço para os estudos 

Este espaço deve ser aproveitado, de preferência, em um horário fixo e nobre do dia. A psicóloga Eliana Tatit Sapienza recomenda um lugar tranquilo, iluminado, limpo e organizado para o momento, onde nada possa tirar a concentração da criança. Televisão, videogame ou o irmãozinho mais novo fazendo bagunça devem ficar longe. Materiais de consulta, como livros e acesso supervisionado à internet, ficam perto.

6. Leia com prazer 

Se dentro de casa a leitura é estimulada e encarada como um momento de lazer e prazer, será mais fácil para as crianças se adaptarem ao mundo dos estudos. “Os pais devem conversar com os filhos sobre o livro, revista ou jornal que estiverem lendo, além de deixar livros ao alcance das crianças”, comenta Eliana. Deixar bilhetes e cartinhas aos pequenos também é benéfico. Até mesmo fazer a lista de compras do supermercado ao lado do filho menor pode ser um estímulo.


7. Ajude seu filho a descobrir a fórmula ideal de estudo 

Segundo Andrea Ramal, todos temos modalidades diferentes para aprender. Umas são mais produtivas do que outras. Algumas crianças são mais visuais e estudam sublinhando livros e fazendo resumos. Outras podem ser mais auditivas e preferem repetir o conteúdo em voz alta para si mesmas. “Os pais precisam estimular todas as modalidades, para ver qual é melhor para aquela criança, e tomar cuidado para não inibi-las”, diz. “Hoje em dia as pessoas não aprendem mais sob pressão, mas por motivação”, completa.

8. Relacione o que acontece na escola ao que acontece em família 

Conectar os programas de família ao conteúdo da escola amplifica o conhecimento. Se a criança estiver estudando sobre rios e mares, ou sobre como a energia elétrica chega à casa de cada um, viajar para Itaipu ou Foz do Iguaçu durante as férias pode ser mais produtivo do que levá-la para a Disney. “Ela agrega e amplia os horizontes”, afirma Daniela.

Passeios e brincadeiras, de acordo com a psicóloga Eliana Tatit Sapienza, também são aliados da aprendizagem. Levar os pequenos a museus, teatros, sessões de cinema, bibliotecas, livrarias e propor jogos que incentivem a leitura, a escrita e o raciocínio são uma mão na roda. Ao assistir um filme, Andrea Ramal recomenda aos pais pedir aos filhos para escrever outra história com aquele personagem principal. Oportunidades de conhecimento além da escola não faltam, e o seu filho provavelmente gostará da ideia.

9. Se interessar ao seu filho, organize grupos de estudo 

Tanto dentro como fora da escola, as atividades em grupo podem ser benéficas. Se os pais perceberem que a criança sente prazer ao estudar com um ou dois amiguinhos, é uma boa pedida. Organizar um debate sobre um assunto específico com os amiguinhos da escola, segundo Andrea Ramal, pode ser bem interessante. Levá-la a um museu com alguns amiguinhos e sugerir um debate sobre o assunto pode ajudá-la a atribuir sentido ao que viu e conheceu.


10. Não espere seu filho virar adolescente para participar da educação dele 

Uma família que sempre participou e esteve junto com as crianças durante as lições e provas dificilmente terá um adolescente que não se esforça nos estudos. Nesta fase, os pais precisam tomar cuidado para não pressionar os filhos ou serem invasivos. E isso só é possível se houver uma relação sólida construída. “As famílias que não levam a educação infantil e o primeiro ciclo do ensino fundamental com a devida importância e, consequentemente, não passam com a criança pelas primeiras dificuldades, não terão jeito de opinar quando o filho fizer 15 anos, já que as dificuldades se acumularam ao longo do processo educacional”, explica Daniela de Rogatis.

Não deixe a lição de casa virar um problema
Cansaço, preguiça, dificuldades. Saiba como ajudar seu filho a se interessar mais pelos deveres da escola.


Para brincar, ele é bem disposto. Para fazer a lição de casa, ele enrola durante o dia todo. E a cena clássica: chega a hora de ir para a cama e bate o desespero: nada do que devia ser feito está pronto. As crianças reclamam, fazem birra e, às vezes, possuem mesmo dificuldades de concentração e aprendizado. A chave para resolver o problema, segundo os especialistas, é uma boa dose de incentivo.
Pode não parecer, mas a lição de casa, por mais simples que seja, possui um papel fundamental na educação dos filhos. De acordo com a Coordenadora Pedagógica do Colégio Magister, em São Paulo, Rosimeire Leme de Souza, a lição de casa é uma extensão do que foi feito em sala de aula: “Na classe, eles recebem a informação, mas é em casa que eles realmente concretizam o que aprenderam e memorizam o conteúdo”, explica.

Para Rosana Nunes, coordenadora Pedagógica do Colégio Hugo Sarmento, de São Paulo, a responsabilidade pela lição de casa ajuda a desenvolver a postura estudantil, ou seja, como o aluno vai encarar os estudos hoje e no futuro. “Os deveres têm uma proposta de desafio e firmam o hábito de estudar”, afirma. Segundo Rosimeire, é na hora do dever que a criança deixa de ser espectadora do conhecimento e passa a concretizá-lo. E é neste momento que surgem as dúvidas da criança e, dependendo da atitude dos pais, o desânimo.

Para Rosana, existe uma grande cobrança dos pais, que querem que o filho não cometa erros, mas isso faz parte do processo educativo. “Se tudo estiver correto, nós não saberemos se há um problema ou não”, explica. É preciso estar atento e orientá-los quando for necessário: “O melhor é sentar com a criança e tentar colocar para ela uma situação concreta, que ajude na resolução do problema de uma determinada lição de casa”, completa Rosimeire.

Ela ainda afirma que, muitas vezes, os pais jogam a culpa do fracasso do aluno na escola, mas é preciso levar em consideração a atuação deles neste percurso. Segundo ela, o acompanhamento é sempre necessário: “Se eu participo, se eu tento entender, eu também posso fazer exigências”, diz.

Atualmente, segundo as especialistas, a disponibilidade de tempo dos pais não é muito grande, mas arrumar uma maneira de acompanhar a criança nas lições é essencial. “Não se pode deixar os estudos e os deveres da escola em segundo plano”, afirma Rosana. Em muitos casos, os filhos acabam testando os pais e gerando conflitos na hora da lição de casa – é um jeito de mostrarem que precisam de mais atenção.

Esta necessidade de estar ao lado deve ser atendida amplamente, principalmente no primeiro e segundo ano de estudo do fundamental, porque as crianças ainda estão na fase de alfabetização. “Os pais devem sempre devolver um pouco da pergunta à criança, e não dar a resposta pronta e completa”, afirma Rosana. Ela ainda explica que, até o quinto ano, no mínimo, isso precisa ser feito. “Conquistar a postura estudantil de autonomia não acontece de um dia para o outro, então, estimulá-los a desvendar e procurar as respostas juntos é importante”, completa. Se os pais mostram empolgação em achar a solução de alguma questão de biologia, por exemplo, consultando dicionários, enciclopédias ou sites especializados, a criança também vai se animar.

Veja as dicas das especialistas para que a lição de casa deixe ser um problema:


- Estabeleça horários para a lição de casa. Assim é mais fácil para a criança estabelecer uma rotina.

- Mantenha os materiais em bom estado e a estimule seu filho a conservá-lo. Arrume um canto da casa tranquilo, com uma mesa e uma cadeira, para ele poder fazer a lição.

- Oriente a criança a tirar as dúvidas em sala de aula e questionar o professor sempre que não entender algo.

- Converse com o professor ou orientador da escola sobre uma tarefa que tenha sido muito difícil para seu filho.

- Se a criança ainda estiver em período de alfabetização, leia bons livros para ela. Ajuda a ampliar o repertório do vocabulário. Um jeito divertido de estimular a leitura: você lê um trecho, ela lê outro.

- Não repreenda o seu filho por causa de erros ortográficos, é normal durante os primeiros anos do ensino fundamental.

- Você deve ajudar a criança a encontrar a resposta correta, e não realizar a tarefa inteira no lugar dela.

- Tente fazer com que a lição seja um momento prazeroso, e não de brigas ou discussões.

-Elogie bastante quando a criança fizer o trabalho bem feito. Ter uma lousa pequena e desenhar estrelinhas, sempre que ela fizer a tarefa com capricho, pode ajudar.

- Mostre o seu interesse quando surgir dúvidas nas matérias e convide a criança a achar a resposta junto com você.

- Ajude na criação da autonomia, deixando que ela também realize os deveres de casa sozinha, mas esteja sempre por perto se ela necessitar de ajuda.

Primeiros Anos Escolares



Os seis primeiros anos da vida escolar são os mais importantes para que a criança desvende o mundo de forma saudável. O ambiente escolar é onde se inicia uma convivência mais ampla. Por isso, escolher uma boa escola é essencial. Apesar de não existir uma regra para saber qual é a melhor, há alguns aspectos a serem observados que poderão ser úteis quando você for escolher a escola do seu filho, como: infra-estrutura com segurança, currículo acadêmico, limpeza, esportes, lanches, atividades extra-curriculares, uniforme e material a ser usado. 

Atente para o espaço disposto pela escola: se é amplo, se os banheiros são adequados ao tamanho das crianças, se não oferece riscos. São particularidades que fazem o diferencial e podem oferecer maior tranqüilidade aos pais. Além disso, para que a criança tenha um desenvolvimento favorável, é necessário haver harmonia entre escola e família. 

Alguns consideram que escola ideal é aquela que prioriza a transmissão de informações, na qual a criança leva uma grande quantidade de tarefas para casa e são avaliadas por meio de muitos testes e provas. Já outros entendem que a escola deve estimular o espírito crítico, a criatividade e a capacidade do jovem de manifestar suas opiniões. Considerando esses aspectos pode ser que você consiga avaliar a instituição que melhor atenda a sua expectativa. Boa escolha!